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Cuidados com o Bonsai

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Mensagem  Carla Dom Jul 12, 2009 4:49 am

REGA

Ao estudarmos as plantas na natureza, observamos que o ponto de umidade em que as raízes conseguem melhor absorver nutrientes do solo é, para a maioria das espécies, em torno de 30%. O substrato é preparado para atingir este ponto logo após a rega, não conseguindo contudo mantê-la por um longo período. Assim devemos regar abundantemente o bonsai de maneira a deixar todo o substrato bem úmido, permitindo que a superfície seque ligeiramente entre as regas.

Assim, não existe esquema ou regra fixa para se regar um bonsai, pois são vários os fatores que determinam o tempo necessário para que o substrato seque, tais como:tempo de exposição ao sol e ao vento, profundidade, tamanho e material de que é feito o vaso, estação do ano e espécie.

É muito importante observar a planta para definir com clareza a hora ideal para regá-la novamente. Não existe hora específica para a rega: se constatada a necessidade, mesmo que seja com sol a pino, deve-se fazê-lo imediatamente.

ADUBAÇÃO

A adubação é um dos principais procedimentos no cultivo do bonsai. É considerada uma verdadeira ferramenta de trabalho, pois além de garantir a saúde da árvore, nos permite alcançar com maior eficiência nossos objetivos, desde que usada adequadamente.

Pela observação da natureza, podemos notar que as árvores têm diferentes necessidades de nutrientes para cada estação, estágio de desenvolvimento e espécie. Partindo desse princípio, e com o uso do bom senso, precisamos adequar as diferentes formas de adubação (química ou orgânica) a estas diferentes necessidades.

A Tabela 2 especifica a função dos principais nutrientes contidos nos adubos orgânicos ou químicos.

NUTRIENTES BÁSICOS

Nitrogênio (N) Responsável pela brotação, e formação da estrutura de folhas e caules.

Fósforo (P) Age na floração, frutificação e formação de sementes, bem como promove o enraizamento das plantas

Potássio (K) É indispensável à perfeita estruturação celular das plantas. Permite aumentar sua capacidade de resistência à falta de água e às pragas e doenças.

Além desses elementos, uma grande quantidade de outros é também importante para a saúde das plantas. Em especial, destacamos o ferro e o manganês, mas também são importantes elemantos como cálcio, cloro, enxofre, ferro, cobre, zinco, boro, manganês, magnésio, cobalto, molibdênio, em baixas concentrações.

Adubação química: neste tipo de adubação, devemos observar primeiramente a composição do adubo que desejamos utilizar, ou seja, a proporção dos nutrientes principais (N, P e K).

Na primavera, quando ocorre o despertar da atividade vegetativa, devemos fornecer uma maior quantidade de adubo, tanto no que diz respeito à freqüência de adubação quanto à concentração dos nutrientes. Árvores em formação devem ser adubadas em intervalos de 7 a 15 dias, e árvores formadas devem ser adubadas em intervalos não inferiores a 30 dias.

No verão, que é o período no qual a planta atinge o pico da atividade vegetativa, devemos manter a intensidade de adubação adotada na primavera, podendo até, para plantas em formação, aumentar a freqüência até atingir um limite (superadubação). Mesmo assim, a freqüência não deve ser nunca inferior a 7 dias. É importante observar que este procedimento só pode ser adotado quando o substrato utilizado apresenta características ideais de drenagem.

No outono, as plantas estão acumulando reservas para o período de inatividade, por isso a partir da metade da estação é necessário reduzir gradativamente a freqüência de adubação, até atingir a interrupção completa no início do inverno, quando ocorre o período de repouso vegetativo. É de extrema importância o respeito deste período de repouso invernal, evitando o comprometimento posterior da saúde do bonsai.

Adubação orgânica: a adubação orgânica diferencia-se da química por ser de liberação lenta, tendo em contrapartida uma ação mais prolongada, além de favorecer a formação e estruturação da microflora normal do solo. Esta adubação pode ser feita de duas maneiras. A primeira é realizada no momento do preparo do substrato para o plantio, através da incorporação de matéria orgânica. A outra, denominada adubação de cobertura, é realizada através da aplicação do adubo orgânico na superfície do solo no vaso. Estes adubos são compostos por derivados e subprodutos agropecuários como torta de mamona, torta de algodão, farinha de osso, farinha de sangue, calcário, cinza de madeira, e outros. Existem algumas formulações comerciais específicas para bonsai disponíveis no mercado, porém a maioria dos produtos é importada, como o Biogold e o Rapeseed, ambos fornecidos na forma de pellets. Como opções caseiras temos varias formulações, sendo por nós preferida a obtida pela receita abaixo:

750 g de torta de mamona
250 g de farinha de osso
100 g de cinza de madeira
100 ml de óleo de fígado de bacalhau
Misturar os componentes e adicionar água até atingir uma consistência pastosa. Colocar em bandeja e cortar em quadrados, deixando secar a sombra. Esta formulação tem duração média, após aplicada, de 30 dias.
Para a adubação orgânica de cobertura, o intervalo entre aplicações não deve ser nunca inferior a 30 dias. Para plantas em formação utilizamos uma maior quantidade de adubo, com o objetivo de promover um desenvolvimento mais acelerado, ao passo que para árvores formadas utilizaremos apenas o necessário para suprir suas necessidades de manutenção.


TRANSPLANTES

O período para qualquer procedimento de replantio com troca de substrato é preferencialmente no início da primavera, lembrando que o que realmente importa é o período em que se nota a elevação de temperatura após o inverno, e não a data convencionada como o início da primavera.

Existem importantes razões que justificam a necessidade de periodicamente transplantarmos o bonsai, e todas elas remetem à definição básica de bonsai: é uma árvore plantada em um vaso. Caso uma árvore permaneça crescendo no mesmo vaso por um período longo, as raízes irão encher o vaso, e como elas envelhecem teremos uma menor quantidade de raízes ciliares, responsáveis pela nutrição. Alem disso, o composto remanescente irá tornar-se pobre e compactado.

Contudo, não se deve transplantar os bonsai uma vez por ano. Após a poda das raízes, um exemplar leva em média 1 ano para recuperar plenamente suas raízes e reservas. Quando a poda de raízes é realizada anualmente, mantemos a planta em constante esforço de recuperação, perdendo a fase de desenvolvimento mais vigoroso. A planta não responde adequadamente às podas, seu tronco não engrossa e não desenvolve o tão desejado "envelhecimento" na aparência.

Para árvores em desenvolvimento, o ideal é transplantar a intervalos de 2 a 5 anos, dependendo da espécie e do tamanho do vaso. Para bonsai formados, quanto mais velho maior o intervalo, sendo este determinado pela necessidade.

De uma forma geral, o transplante é feito no início da primavera. São exceções: os Pinus, que são transplantados no final do inverno, as jabuticabeiras, para as quais aguardamos temperaturas mais elevadas, e as azaléas, cujo transplante é realizado após a floração.
Carla
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